O barulho foi grande, os burburinhos, vídeos, teaser, blogs, sites e rodinhas de conversas onde todo mundo só falava de uma coisa: a estreia do seriado gay da HBO "Looking" e que inclusive nós já comentamos
aqui no blog.Para a nossa sorte finalmente a série vai estrear, exatamente no dia 20, às 1:30 da madruga no comecinho da segunda-feira no canal de TV fechado aqui no Brasil. Mas antes de assistir vamos listar aqui alguns outros seriados que abriram caminho na TV para os gays e que claro, a gente já assistiu, amou e indicamos para aquele que não conhecem ainda.
Segura o peito, pega o bojo e vem!
Queer As Folk
Quando se fala em série gay a primeira coisa que pensamos é "Queer As Folk", não a versão britânica, que flopou lindamente, mas a americana mesmo, onde cinco gays e duas lésbicas de Pittsburgh fizeram a gente sorrir e chorar, seja procurando o amor ou apenas sendo gay e vivendo assim.
Uma das primeiras séries na TV a mostrar o mundo gay exatamente como ele é, sem muitos pudores vale lembrar com cenas de sexo e personagens muito, mas muito marcantes. Um bom exemplo disso é o hiper boçal Brian Kinney, que acreditem é um esteriótipo que não existe, foi criado pelo autor da série, pelos menos igual a ele em todos os defeitos eu nunca ví igual.
O bom disso tudo é que 10 anos depois "Queer As Folk" ainda é lembrada, referencial que eu indico para toda gay pêssega que está colocando os pés no "mundo das cores".
Noah's Arc
"Noah's Arc" conta a história de Noah, um aspirante a roteirista de cinema que tenta encontrar sucesso na profissão e em sua vida amorosa, claro tudo isso debaixo do sol da Califórnia.
Em suas desventuras, Noah é acompanhado pelos amigos Alex, um orientador de pessoas portadoras do vírus HIV; Ricky, dono de uma loja de roupas e um sujeito sexualmente instável; e Chance, que tenta manter um relacionamento equilibrado com o namorado, Eddie, e com a filha dele.
Exibida pelo Logo, um canal GLS de pouco mais de um ano de idade e de 10 milhões de espectadores, "Noah's Arc" se tornou cult, virando tema de debates acalorados na Internet, principalmente por mostrar um grupo de gays afro-americanos. Seus atores já foram capas de inúmeras publicações gays e, segundo a produção, a audiência vem tendo também a adesão crescente de heterossexuais.
Thirtysomething
Se em pleno 2014 a gente sabe que gays na televisão é um puta de um tabú [veja o caso dessa delícia de país chamado Brasil, onde beijo gay é bicho de sete cabeças] imagine então tratar sobre o tema em 1989 [o ano que eu nasci gente!]?
"Thirtysomething" não é uma série propriamente gay, mas foi pioneira em mostrar a coisa quando o canal ABC onde o programa era exibido transmitiu o episódio "Strangers". A série tentou constatar uma relação homossexual com uma relação gay, e dai mostraram o personagem Russell Weller na cama com o novo namorado depois de um sexo gostoso.
A decisão levou à indignação, boicotes, e a perda de US $ 1,5 milhões de dólares em receitas de publicidade. A cena em si era bastante pura, não tinha nada de mais, e os atores foram proibidos de se tocarem. Ainda assim, foi um momento importante na representação gay na TV.
Will & GraceDepois de tantas polêmicas e tantas representações dos gays em meios aos conflitos e dramas "Will & Grace" deixa tudo isso de lado e escolhe mostrar os gays de um prisma normal, tão normais quanto uma sitcom pode ser, cômico, apenas cômico, é claro.
Jack McFarland, o personagem mais gays da história, muitas vezes andou na linha de caricatura, mas ele criou um caráter indelével e fez uma performance cômica completamente vencedora. Já Will Truman, o segundo gay da vez, é um advogado as vezes até duro de mais, mas ainda assim gay.
O tipo de série que talvez não acrescente muita coisa no fato de sermos gays ou nas "lutas" da causa, mas mesmo assim vale a pena ser visto graças a toda a humanidade que ela consegue mostrar e as ótimas risadas.
The A-List: New York
Não era uma série mas vale a pena ser citado, principalmente como referencia do que não deve ser feito, ou não. "The A-List: New York" era uma reality show que mostrava a rotina de um grupo de gays americanos, e nesse caso ricos, lindos e extremamente fúteis. Não eram seres humanos, era uma coisa mais parecida com bonecos Ken.
Mentiras, traição, festas, drogas, crises, brigas, muita intriga, futilidades e outra dezenas de coisas que quem é gay sabe como estão presentes na nossa vida nem tão colorida assim. Com personagens as vezes desagradáveis ou apenas engraçados, esse foi o primeiro reality show totalmente voltado para gays, embora não tenha os representados de forma tão digna.
É discutível que a A-List: New York abriu o caminho para um programa como "Looking" porque com base na resposta, The A-List é exatamente o que a maioria dos espectadores gays não querem. Menos de três anos depois os meninos do "The A-List: New York" deixaram telas de televisão, bem agora temos "Looking" que promete ser bem melhor.