Em tempos de cura gay, um projeto de lei apresentando pelo vereador e médico Ricardo Camargo Vieira (PCdoB) apenas ganhou todo o meu respeito. O PL propõe a cura do preconceito, ou como diz o texto do projeto “o tratamento de cidadãos que apresentem comportamentos homofóbicos, racistas ou quaisquer tipos de transtornos psicológicos anti-sociais, reveladores de preconceito”.
Atualmente em tramitação na Câmara Municipal de Florianópolis, em Santa Catarina, o projeto quer garantir assistência psicológica ou psiquiátrica gratuita na rede pública de saúde para os portadores de “psicopatologias homofóbicas ou racistas”. Ele prevê ainda tratamento para quem tiver “aversão, nojo, ojeriza, raiva , hostilidade, medo mórbido, sentimento doentio incontrolável voluntário ou involuntário a classes sociais, grupos sociais, etnias, pessoas oriundas de outros estados, nações, grupos religiosos e qualquer indivíduo ou comportamento da sociedade”.
Agora vamos para a melhor parte, e que eu preciso até perguntar mais o meu psicólogo [se tiver algum aqui que se manifeste, please] o vereador, que é clínico geral, afirma que a doutrina médica já caracteriza esse tipo de transtorno, em seus casos mais agressivos, como patologias psíquicas que merecem tratamento. Segundo ele, esse tipo de tratamento é necessário tanto para garantir a saúde do afetado pelo distúrbio quanto para que a sociedade estabilize ao máximo as relações, garantindo assim liberdade individual de todos. Para ele, é dever do sistema público abraçar esses casos e garantir o devido tratamento.
Por favor, que esse projeto vá para a CDH em Brasília, que seja jogado na cara do Feliciânus e que levante uma discussão escrota sobre os princípios da psicologia moderna sobre considerar a homossexualidade uma potologia, e digo o mesmo sobre o preconceito ~ lâmpada fluorescente nunca mais.
Um beijo para a nossa leitora Mariana que mandou a dica desse post delicioso pra mim ~ sim little gays, o "Para Mocinhos" também é visitado pelas mocinhas [e eu amo isso].