![]() |
Pesquisa aponta ainda que travestis e transexuais somam 46% das vítimas |
Uma pesquisa inédita apontou novos dados em relação a violência contra LGBTQ's no Brasil, os dados são de 2015 a 2017 e coletaram 24.564 notificações de violências, interpessoais e autoprovocadas, uma média de mais de 22 notificações por dia, ou seja, quase uma notificação a cada hora. Metade das vítimas são negras, 50% delas se identificam como pretos ou pardos. Cerca de 41% se identificaram como brancos.
A pesquisa usou dados de notificações feitas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que faz parte do SUS, e que, portanto, inclui diversos casos de violência que não foram denunciados. A análise foi encabeçada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), das secretarias de Atenção Primária em Saúde e de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
TRAVESTIS E TRANSEXUAIS SÃO MAIORIA EM CASOS DE VIOLÊNCIA
Um dado mostrou que travestis e transexuais são a maioria quando se trata de vítimas da violência, totalizando 46% das vítimas, seguidas das lésbicas que representam 32% e homens gays são 25%. Um total de 69,1% das notificações de violência contra LGBT's era contra pessoas adultas e 24,4% contra adolescentes. Num recorte de raça/cor das vítimas entre 10 e 14 anos, 57% delas eram negras.
A violência mais frequente entre todas as faixas etárias foi a de origem física com 75%, e 66% dos possíveis agressores são do sexo masculino. Em 27% dos casos o agressor era parceiro íntimo das vítimas e 16% eram desconhecidos.