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Experiência comprova que não existe "gaydar"

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A experiência concluiu que o "gaydar" não existe, o tal sexto sentido para identificar homens gays, não passa de um julgamento social com base em esteriótipos.


William Cox é um cientista assistente na Universidade de Wisconsin-Madison, ele e seus colegas realizaram recentemente uma experiência social para tentar chegar ao fundo do fenômeno "gaydar" e identificar se algumas pessoas realmente têm um "sexto sentido" quando se trata de detectar pessoas gays.

Os participantes do estudo foram orientados a analisar os perfis das redes sociais de vários homens diferentes (metade dos quais eram gays e a outra metade eram heterossexuais) e determinar a sexualidade deles.

"Alguns dos homens tinham interesses (ou 'gostos') relacionados a estereótipos gays, como moda, compras ou teatro", explica Cox. "Outros tinham interesses relacionados a estereótipos heteros, como esportes, caça ou carros, ou interesses" neutros ", não relacionados a estereótipos, como leitura ou filmes."

O resultado final?

Surpresa!  As pessoas assumiram que os homens com características gays eram homossexuais e os homens com "características" de héteros eram heterossexuais, com uma taxa de precisão de cerca de 60%. Não apenas isso, mas os pesquisadores admitem a premissa básica do estudo falho, porque os homens que eles usaram eram mesmo 50% gay e 50% heterossexuais. No mundo real, estima-se que apenas cerca de 3-8% dos adultos se identificam como LGBTQ.



Sobre o resultado, Cox afirma:

O que isso significa para interpretar a taxa de precisão de 60%? Pense sobre o que a precisão de 60% significa para os alvos diretos nesses estudos. Se as pessoas têm 60% de precisão na identificação de quem é hétero, isso significa que 40% das outras pessoas, ou sejas, as pessoas heterossexuais são categorizadas incorretamente.

Em um mundo onde 95% das pessoas são heterossexuais, 60 por cento de precisão significa que, para cada 100 pessoas, haverá 38 pessoas heterossexuais incorretamente sendo identificadas como sendo gay, mas apenas três pessoas gay corretamente categorizados.

Vamos pensar um pouco

Basicamente, diz Cox, toda a ideia de gaydar é falsa. Realmente, as pessoas estão apenas confiando em estereótipos profundamente enraizados para fazer suposições sobre estranhos. Isso não é bom porque, como a maioria das pessoas concorda, estereótipos muitas vezes têm conseqüências negativas."Em primeiro lugar, os estereótipos podem facilitar o preconceito", explica Cox.
"Encorajar os estereótipos sob o disfarce de gaydar contribui - direta ou indiretamente - para as conseqüências  dos estereótipos", completa. Em outras palavras, pare de usar essa intruição preconceituosa chamada de gaydar. Ela não existe.

E para aqueles que ainda insistem em dizer que sim, eles têm a habilidade mágica de identificar intuitivamente pessoas gays em uma multidão, Cox conclui:

"Se você está decepcionado ao saber que seu gaydar pode não funcionar tão bem como você pensa que ele faz, há uma solução rápida: Em vez de chegar a um julgamento instantâneo sobre as pessoas com base no que eles usam ou como eles falam, você provavelmente pode ser uma pessoa melhor apenas perguntando a elas.

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